quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Energia do SOL, Tecnologia do POVO

Documentário, curta-metragem, realizado pelo coletivo de comunicação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que mostra a experiência do movimento em implementar o sistema ASBC (Aquecedor Solar de Baixo Custo) como uma alternativa tecnológica popular para o aquecimento de água, além de questionar o atual modelo energético, de caráter capitalista, adotado pelo Estado brasileiro, principalmente após o processo de privatizações. 

Este projeto é apoiado pela MISEREOR.

http://www.mabnacional.org.br


segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pela Vida!

"O Veneno está na mesa"
Documentário da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida,
realizado pelo cineasta brasileiro Silvio Tendler.


Dia Mundial da Amamentação! Lutemos pela vida! Leites Maternos contaminados com Agrotóxicos. A culpa é do agronegócio! !
PARTE 01    

    PARTE 02

PARTE 03
    PARTE 04

quarta-feira, 27 de julho de 2011

“O veneno está na mesa”


O mais novo documentário de Silvio Tendler!
SINOPSE
O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.
O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os
cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A idéia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.

Abaixo o Leilão de Médic@s!

Abaixo o leilão de médicos!

O município que paga mais, tem. Um absurdo!
Não se trabalha com a verdadeira carga horária; não há formação de vínculos com a população, pois eles não ficam mais que seu horário de atendimento, e, portanto, não há a co-responsabilidade com o trabalho de educação em saúde que as EQUIPES de PSF (Agente de Saúde, Enfermeira/o e Médica/o), deveriam realizar, sobrecarregando as/os enfermeiras/os que acabam levando o programa nas costas, juntos aos Agentes Comunitários de Saúde. Além de perpetuarem o conceito de Saúde/Doença como fenômenos meramente biológicos, pois as consultas se resumem em prescrições medicamentosas. Não existe, na maioria dos casos, trabalhos de educação em saúde, visitas domiciliares, acompanhamento da SAÚDE DA FAMÍLIA, realizados por MÉDICAS/OS.
As vezes me pergunto: Qual a função de um médico na equipe de SF? Quando muitas funcionam muito bem ‘obrigada’ sem eles…
Muitas conquistas aconteceram, mas a saúde pública ainda precisa avançar…e como sempre a educação é o principal instrumento!
“Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda.” (Paulo Freire)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Desafio

Acredito que o artigo abaixo é mais um dos tantos alertas para a formação das/os Nutricionistas!

A/O Nutricionista não pode, nem deve, mais estar longe dessa questão (agroecologia, questão agrícola ...). Ao contrário, se tratamos da alimentação das pessoas, temos mais é que conhecer o nosso instrumento de trabalho que é o alimento. Quem o produz? Como é produzido? Como chega (ou não) ao prato do povo? De que forma chega?

"Há profissionais da nutrição que nunca ouviram falar sobre produção agrícola de base ecológica..." (Isso deve ser para nós, um alerta! É inadimissível que um profissional que trabalha com os alimentos, sugerindo novas formas de se alimentar, de prepará-los, não os conheça!)

"... Na maioria dos casos é um problema na formação, que é centrada na questão biológica, sem levar em conta a alimentação adequada", comenta a Nutricionista Cristina Ramos, representante da Associação Catarinense de Nutrição no Conselho de Segurança Alimentar de Santa Catarina (Consea-SC).

Fica a dica para a academia.
Agroecologia na alimentação escolar
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Raquel Júnia *

Adital -
O agricultor Nilson Ribeiro pensou em vender a pequena propriedade rural de quatro hectares onde morava e trabalhava, na comunidade Santo Antônio do Rincão, distante cerca de 18 quilômetros do município de Anita Garibaldi, em Santa Catarina. Os dois filhos do agricultor, que também trabalhavam na terra, foram embora para outro município à procura de emprego. Mas, na época, Nilson não encontrou comprador para o sítio e decidiu insistir um pouco mais na produção agroecológica. Há cerca de quatro anos, ele passou a escoar os alimentos produzidos por meio de um programa do governo federal de aquisição de alimentos da agricultura familiar - o PAA, o que fez com que ele conseguisse pagar dívidas e mudar de ideia quanto à venda do sítio. Atualmente, Nilson entrega também alimentos para as escolas de Anita Garibaldi e é coordenador da filial da Cooperativa Ecológica Ecosserra no município. Com a melhoria na renda da propriedade, os filhos do agricultor voltaram para a terra, e, hoje, enquanto eles cuidam da produção na roça, onde também vivem, o pai fica na cidade, coordenando os trabalhos da cooperativa.

A lei federal 11.947/2009 determina que pelo menos 30% da alimentação escolar deve ser composta por alimentos provenientes da agricultura familiar. E, de acordo com a resolução nº 38, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), os produtos agroecológicos devem ser prioritários na lista de compras das prefeituras e estados. Com base nestas legislações, os agricultores da agroecologia de Anita Garibaldi têm fornecido alimentos para as escolas da região. "No caso de Anita Garibaldi, a Ecosserra fornece todos os 30% de alimentos da agricultura familiar para as escolas. Então, os produtos são todos agroecológicos", fala Nilson.

O agricultor explica que o contrato com a prefeitura para o fornecimento de produtos foi de aproximadamente R$ 80 mil. "São sete grupos fornecendo e em cada grupo há uma média de cinco famílias produzindo na agroecologia, com propriedades certificadas. No ano dá uma renda de aproximadamente R$ 4 milpor família. Eu digo que isso foi importantíssimo não só para a minha família, mas para todas as famílias", acrescenta. O engenheiro agrônomo e conselheiro de administração da Ecossera, Natal Magnanti, explica que ainda que o dinheiro pareça pouco, é importante para as famílias porque elas têm a garantia de contar com o recurso para movimentar a propriedade.

A lei 11.947/2009 assegura também que o cardápio das escolas deve ser "elaborado de acordo com a cultura alimentar local, buscando sustentabilidade, diversificação agrícola, alimentação saudável e adequada". No caso do município de Anita Garibaldi, entre os produtos entregues pela agroecologia às escolas estão alimentos característicos da região, como o pinhão, fruto da Araucária, típica do sul do país. A nutricionista Cristina Ramos, representante da Associação Catarinense de Nutrição no Conselho de Segurança Alimentar de Santa Catarina (Consea-SC) explica que a inclusão de alimentos agroecológicos na merenda escolar significa um enorme ganho na segurança alimentar dos estudantes. "Além de estar fortalecendo a agricultura familiar e os produtores agroecológicos, mantendo um mercado garantido para eles, com isso se promove uma alimentação saudável, livre destes aditivos químicos e agrotóxicos dos alimentos. É preciso pensar em ampliar destes 30 para 100%, com a prioridade nos alimentos agroecológicos", propõe.

Desafios

Apesar dos claros benefícios da agroecologia na merenda escolar, os agricultores ainda se deparam com algumas barreiras antes de conseguirem fechar os contratos com as prefeituras. Junto com outros agricultores familiares, Nilson participou nos dias 16 e 17 de novembro da Oficina Territorial de Agroecologia do Planalto Serrano Catarinense, uma iniciativa que teve o objetivo de reunir os trabalhadores rurais para discutir os desafios da produção agroecológica e mapear as iniciativas da região. Durante a oficina, os participantes relataram, por exemplo, a dificuldade das nutricionistas responsáveis pela merenda escolar nos municípios em compreenderem a dinâmica da agroecologia. Segundo os agricultores, muitas vezes não há uma compreensão, por exemplo, sobre a não oferta de determinados produtos em alguns períodos do ano, devido à descontinuidade da produção, ou seja, a sazonalidade.

Natal explica que a agroecologia tem como princípio justamente entender esta dinâmica da sazonalidade. "Se a barra for forçada para se produzir determinado alimento fora da época, se estará indo contra algo que é natural, portanto contra um dos princípios da agroecologia". De acordo com os agricultores presentes na oficina, o ideal seria que as prefeituras aceitassem que determinados produtos que têm sazonalidade definida possam ser substituídos por outros de valor nutricional parecido em certas épocas do ano."É preciso ter ainda muita capacitação dos gestores públicos. Muitos compram apenas para cumprir a lei e isso não tem nada a ver com a ideia do Programa Nacional de Alimentação Escolar de ter um abastecimento de forma regional, de provocar a discussão do desenvolvimento local. A maioria dos gestores não se interessa por isso. Eles compram os 30% [de alimentos da agricultura familiar] porque a lei obriga, mas não compram 32% ou 100%, e isso precisa ser trabalhado num longo processo", pontua.

O agrônomo destaca que o valor destinado à alimentação escolar por aluno pelo FNDE ainda é muito pequeno - R$ 0,30 por aluno ao dia. "Esse valor deveria ser maior para que se tivesse uma alimentação mais diversificada, para comprar as proteínas que são a cada dia mais caras e até para diversificar mais as frutas, já que o que se vê na alimentação das crianças é apenas banana e laranja, que são produtos mais baratos. Mas quando é que terão a oportunidade de comer uma maçã ou uma fruta de caroço?", questiona.

A resolução 38 do FNDE, que trata da alimentação escolar, também diz que a educação alimentar deve ser um tema gerador na escola para ser discutido de maneira transversal entre professores e estudantes. Para os agricultores familiares do planalto serrano catarinense, a escola pode ajudar a mudar a concepção de alimentação que se tem hoje. "A escola é um dos ambientes onde se forja o hábito alimentar das pessoas e isso se transfere inclusive para a casa. Por exemplo, o leite em pó se popularizou por meio da alimentação escolar, e foram pelo mesmo caminho ‘coisas malucas', como a sopa em pó, que hoje é uma febre", destaca Natal. Para ele, é preciso haver mais troca de informações entre os agricultores e outros profissionais, como professores e nutricionistas.

Cristina Ramos concorda: "Há profissionais da nutrição que nunca ouviram falar sobre produção agrícola de base ecológica. Na maioria dos casos é um problema na formação, que é centrada na questão biológica, sem levar em conta a alimentação adequada", comenta.

* Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV), Fiocruz

Feliz Natal!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Porque foi nosso, torna-se NÓS

"Para isto eu nasci e vim ao mundo,
para dar testemunho da verdade”

Jesus Cristo veio e renovou todas as coisas; mostrou-nos que é preciso, simplesmente, dar e repartir o pouco que cada um possui, pois tudo o que se reparte, torna-se até mais do que suficiente. E nos mostrou isso através de testemunho vivo, opondo-se a uma sociedade individualista e mesquinha.

Ao tomar o pão e o cálice em Suas mãos e os distribuir com os discípulos, oferecendo-os como seu corpo e sangue e instituindo a eucaristia, Ele manifesta o sentido de sua vida e morte, anuncia uma nova forma de vida, onde os homens podem relacionar-se entre si na liberdade e na justiça. A eucaristia é o momento em que Cristo nos convida a fazer o mesmo: comungar, partilhar o pão, e viver a serviço do outro.

Hoje, Nutricionistas, (re)conhecemos a importância do alimento para nosso corpo e nossa alma; temos, portanto, a responsabilidade, o dever e, principalmente, o compromisso de garantir, a todas e todos, o acesso ao pão, a esse alimento que é Vida. E para que possamos celebrar a vida, precisamos, necessariamente, denunciar a violência, a injustiça e a opressão de milhões de pessoas que, ainda hoje, morrem de fome. Precisamos denunciar o acúmulo, a riqueza e o lucro sem medida, o supérfluo, a ganância e a ambição.

“Cada momento que foi nosso, porque foi nosso, torna-se “NÓS” (Fernando Pessoa). Agora, em mais um de nossos momentos, gostaria de partilhar com vocês, colegas aqui presentes, o compromisso de, enquanto profissionais da Nutrição e acima de tudo, enquanto seres humanos que, durante o nosso viver diário “possamos, então, pedir o pão ‘nosso’, não o ‘meu pão’; que possamos pedir o que precisamos para cada dia, não para acumular. Esse pedido nos compromete tanto com a partilha como com um consumo mais simples. Quando todos tiverem o pão de cada dia e respeitarem esse direito, sem fazer exceções, a humanidade será mais feliz” (CF 2010: “Economia e Vida”).

Esses cinco anos de convivência diária, de partilha, aprendizado e crescimento, foram recheados com experiências, vivências com “tanta e muita diferente gente” e, por isso, carregaremos um pouco de cada “gente onde quer que a gente vá”.

Obrigada aos que me permitiram fazer parte de suas histórias e que me carregarão aonde quer que estejam.

Que a ausência, que, agora, será mais presente, não signifique o esquecimento.

Mensagem à turma concluinte do curso de Nutrição - UFRN 2010.1

Marina Noronha Costa do Nascimento